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Saiba como identificar se é preciso suplementar Magnésio: o melhor exame para isso!

O Magnésio é um mineral necessário para o corpo humano, pois está presente em muitos órgãos e participa de muitas funções fisiológicas. Depois do potássio ele é o elemento em maior quantidade no meio intracelular do organismo. No corpo humano é possível encontrar de 21 a 28 g de Magnésio e destes, 53% estão nos ossos, 27% nos músculos, 19% tecidos moles e o restante em fluidos e eritrócitos. Ele é um mineral que o nosso organismo não consegue produzir, por isso, para garantir a sua disponibilidade no organismo, ele precisa ser consumido por meio da alimentação e quando isso não é o suficiente ele precisa ser suplementado. A hipomagnesemia é uma desordem caracterizada por baixos níveis de magnésio no sangue. Ela pode ter muitos fatores para a sua causa, assim como pode causar muitos prejuízos no organismo, sendo inclusive um fator de risco para doenças crônicas (hipertensão, arritmia, diabetes, doenças cardiovasculares) resistência à insulina, inflamação e aumento do estresse oxidativo). Mas, como saber se é preciso suplementar Magnésio? Saiba neste post, como identificar a deficiência de Magnésio e o melhor exame para isso.

Qual a importância do Magnésio?

São numerosas as suas funções e para mais de 300 o seu envolvimento em processos metabólicos. Participa na regulação celular, (mitocôndria), sistema imune e anti-inflamatório, crescimento de estruturas, síntese e reparação do DNA, transmissão nervosa e muscular, regulação de eletrólitos, controle da pressão arterial, ritmo cardíacos e metabolismo energético. Isso significa que para ocorrer todas essas funções no organismo e mais outras centenas delas, o Magnésio precisa estar disponível e em quantidades satisfatórias para toda essa demanda. O resultado entre ingestão, absorção (biodisponibilidade), distribuição e excreção é que vai determinar a concentração de magnésio disponível. A deficiência de Magnésio não é incomum, sendo a que hipomagnesemia ocorre em até 10% dos pacientes hospitalizados e cerca de 60% da população geral consome menos Magnésio do que o corpo precisa, apontando um fator de risco para a deficiência de Magnésio, sem mencionar outros fatores que podem levar à deficiência de Magnésio. Neste cenário, as pessoas encontram-se cada vez mais em risco de deficiência. Por isso, é importante realizar o exame que detecta a deficiência de Magnésio para corrigir a adequação deste mineral.

Qual o melhor exame para identificar a deficiência de Magnésio?

O estado nutricional do Magnésio no organismo, pode ser avaliado por meio de vários compartimentos onde ele se encontra. Sendo as medidas mais utilizadas para avaliar a sua concentração determinada por amostras do plasma, urina e células sanguíneas (eritrócitos).

  • O Magnésio sérico que é a medida do plasma/soro é o exame mais simples e por isso, muito solicitado entre os profissionais, mas o seu resultado pode não refletir o valor real do conteúdo de Magnésio. A quantidade de Magnésio presente no plasma é relativamente baixa, por isso, o teste sérico pode não representar os  valores que refletem de fato a concentração de Magnésio neste local, justamente pela baixa proporção de Magnésio no sangue comparado com outros locais.
  • No exame de excreção urinária, durante o período de 24 hrs é coletada toda a urina do indivíduo e com isso, mensura-se o Magnésio que é excretado. Ou seja, é considerada a proporção entre ingestão e excreção, sendo a quantidade retida no organismo, que será de fato considerada a quantidade de Magnésio presente. Mas este exame não é muito usual na prática profissional, justamente pela forma em que é realizada a coleta e pode ter baixa aderência. O exame de excreção urinária pode ser usado para complementar outro teste.
  • Já a medida por meio de células sanguíneas é chamada de Magnésio eritrocitário, que é o exame que traz valores mais fidedignos por medir o Magnésio dentro das hemácias. Cerca de 99% do Magnésio corporal está concentrado no meio intracelular, por isso, a medida por meio de células sanguíneas é considerada o melhor indicador do estado nutricional para o Magnésio. Usa-se os eritrócitos porque eles representam o maior compartimento de células sanguíneas. Se no exame de Magnésio eritrocitário apresentar um valor abaixo de 1.95 mg/dL (um ponto 95 miligramas por decilitro), já é considerada a deficiência de Magnésio.

O Magnésio Eritrocitário geralmente não é coberto pelos planos de saúde, por isso, acaba não sendo muito solicitado. Mas ele é o mais indicado para medir os níveis de Magnésio e saber se há de fato deficiência deste mineral. Não que os resultados obtidos com a medida da urina e do plasma não sejam confiáveis, é que o método pela mensuração dos eritrócitos reflete mais a realidade já que a maior proporção de magnésio corpóreo está no meio intracelular.

O que pode causar a deficiência de magnésio?

Uma das causas é a redução do consumo de alimentos de origem vegetal, que são as mais ricas fontes de Magnésio, frente ao aumento do consumo de alimentos processados. Esses alimentos que são processados e refinados apresentam quantidade muito baixa de Magnésio e isso compromete a sua ingestão adequada. Não é só a baixa ingestão de alimentos fonte que pode levar a deficiência de Magnésio, mas a presença de doenças crônicas, uso de medicamentos, redução nos teores de Magnésio nos alimentos (excesso de cozimento ou refinamento), consumo de álcool, exercício físico extenuante, Hipocloridria (idosos ou uso de inibidores da bomba de prótons, como omeprazol), excesso de cafeína, doença celíaca, uso de diuréticos, estresse emocional e/ou psicológico, uso de anticoncepcional, resistência à insulina, excesso de suplemento de Vitamina D, deficiência de B6 e o grupo de risco para a deficiência é em pessoas com: diarreia crônica, síndromes de má absorção, doença celíaca, Diabetes tipo 2 e idosos. Sabendo de toda a importância que o magnésio exerce no organismo, quando ele está deficiente, algumas manifestações podem ser observadas.

Quais os sinais de deficiência de Magnésio?

A deficiência de Magnésio, conhecida como hipomagnesemia é definida como a redução de Magnésio considerando o total do conteúdo corpóreo. Alguns sinais de deficiência de magnésio são:

  • Ansiedade
  • Confusão
  • Enxaqueca e dor de cabeça
  • Câimbras
  • Fraqueza muscular
  • Irritabilidade
  • Insônia

Entretanto, as manifestações relacionadas á deficiência de Magnésio podem não acontecer de forma conjunta, o que torna mais difícil a sua identificação. Sendo que uma manifestação isolada, pode ser atribuída à qualquer outra causa. Por isso, a maneira mais eficaz de identificar a deficiência de Magnésio é por meio do exame de Magnésio Eritrocitário.

Em casos mais graves de deficiência de Magnésio, pode ocorrer: vômito, náusea, fadiga, anorexia, retardo no crescimento, mudanças no humor, parestesia, diminuição da atenção  espasmos musculares.  

Como tratar a deficiência de Magnésio?

Após a identificação da deficiência por meio do exame de Magnésio eritrocitário, e junto com o exame clínico do profissional nutricionista for encontrado fatores de risco para a deficiência do mineral, seja pelo baixo consumo, ou por outros fatores causais presentes, inicia-se a intervenção para a correção deste quadro.

A primeira orientação é o ajuste com a adoção de novos hábitos, inserindo na rotina alimentar os principais alimentos fontes do mineral Magnésio. Se o consumo alimentar não seja suficiente para esta correção, inicia-se a suplementação do Magnésio. Existem no mercado muitos tipos de Magnésio, portanto, deve-se levar em consideração o conforto gástrico ao consumi-lo, a taxa de absorção e biodisponibilidade e se a dosagem atende a sua necessidade de Magnésio. Os principais tipos são: Magnésio Dimalato, Magnésio Quelato, Magnésio Taurato, Magnésio L-Treonato MAGTEIN™, Cloreto de Magnésio, Citrato de Magnésio e a fórmula que reúne 4 tipos de Magnésio em um único suplemento, o 4MAG+.

Para estes casos, a suplementação de Magnésio serve para corrigir a deficiência do mineral e prevenir a deficiência clínica, ajudando a reduzir o risco para doenças crônicas, cujo fator de risco é justamente a deficiência de magnésio. Prevenir a deficiência clínica de magnésio.

Referências:

COZZOLINO, Silvia M. Franciscato. Biodisponibilidade de Nutrientes. 5ª ed. revisada e atualizada. Manoele: 2016.

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